Vão longes os tempos em que o teu choro deixou de mover-me todas as noites. De olhos abertos, por entre a escuridão, ouvindo o teu sofrimento em forma de som e não entendendo o porque. Com os teus olhos ensopados e a pele enrugada de bebé usavas do teu único instrumento de alerta para chamar a atenção, o choro sempre presente ecoava pelos corredores serenos e propagava a tua dor até aos nossos corações.
A luz acesa à cabeceira escorria pelas frestas da porta entreaberta. O medo do escuro não te deixava sossegar e querias sempre que a noite se transformasse no dia que ia afastar os teus pesadelos. Tão pequeno, tão frágil que me fazias pensar como era possível existir vida dentro de ti.
Só o colo, os abraços, e o som dos outros faziam o teu corpo sentir-se confortável e calmo. Tinhas ar de quem se sente desprotegido e não quer ficar só. Tens ar de quem se sente desprotegido e não quer ficar só. Eras frágil como as folhas que caem no outono à passagem da mais leve brisa, mas agora a posição bípede que ostentas faz-te parecer mais forte e móvel do que antes.
Acabaram os dias de sonos infinitos, de noite e de dia, sonhando com mundo indescritíveis, com abstractos de vontades inconcretizáveis ou simplesmente planeando o próximo dia de vida. Sim! Sonhar é poder dizer que se está vivo. Hoje o choro acabou e crescem em ti os vastos pensamentos que ditarão o ser que serás. Hoje, as vontades sonhadas já podem ser concretizadas.
As corridas em que sempre queres ter companhia deixam o teu corpo cansado e a tua mente feliz. O corpo pequeno que perde o fôlego tão devagar quanto o meu e me deixa a pensar qual a energia que plantaram dentro de ti. És sangue do meu sangue, são sangue do meu sangue. Serão as paixões da minha vida cada vez que entrarem no meu mundo, com os vossos sorrisos, com os vossos abraços tão inocentes e ternurentos. São vocês que eu quero ver a partir do outro mundo porque enterrar um pai magoa muito, mas enterrar um filho magoa muito mais.
Nasceste e estás a crescer, mas não estás só, nunca vais estar. Contigo trouxeste mais uma alma. Essa ainda chora, não fala, mas já ri. Hoje são os vossos risos que se propagam dentro do meu coração.
As corridas em que sempre queres ter companhia deixam o teu corpo cansado e a tua mente feliz. O corpo pequeno que perde o fôlego tão devagar quanto o meu e me deixa a pensar qual a energia que plantaram dentro de ti. És sangue do meu sangue, são sangue do meu sangue. Serão as paixões da minha vida cada vez que entrarem no meu mundo, com os vossos sorrisos, com os vossos abraços tão inocentes e ternurentos. São vocês que eu quero ver a partir do outro mundo porque enterrar um pai magoa muito, mas enterrar um filho magoa muito mais.
Nasceste e estás a crescer, mas não estás só, nunca vais estar. Contigo trouxeste mais uma alma. Essa ainda chora, não fala, mas já ri. Hoje são os vossos risos que se propagam dentro do meu coração.
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