Sentido de Orientação

Por estradas, ruas e caminhos, mais estreitos ou mais largos, mais tortuosos ou mais rectos. São as formas que tenho encontrado recentemente para mover-me em direcção ao meu novo destino. Caminhos estranhos onde é difícil discernir zonas próprias que ajudam à orientação. 

Todos os trilhos parecem incertos e um beco sem saída, sem nada que os distinga dos demais e sem nada que os deixe fora do baralho. Durante as viagens decisivas existem sempre aquelas alturas em que nos sentimos algo perdidos ou duvidamos do caminho que seguimos. Parece que, simplesmente, há algo que não está certo, mas não tenho ideia do quê, porquê ou para quê. 

É nessa altura que espero. Avalio as minhas opções como um todo. Se a inversão de marcha é uma hipótese possível ou se o melhor é esperar para verificar onde termina o trajecto actual. Estou na fase do “deixa andar”. Não consigo encontrar a melhor solução para seguir o meu caminho.

Por vezes as escolhas são mais difíceis do que a realização da solução. É a arte de escolher o que está certo que torna difícil a concretização dos nossos objectivos.

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