Corres, foges, afastas-te do medo que te persegue como o sol foge da lua todas as noites e a lua foge do sol todas as manhãs. Temos medo de tudo o que é desconhecido, de tudo o que não queremos conhecer e de tudo o que não queríamos ter conhecido. Dois destes motivos para fugir não consegues controlar, mas o medo das coisas que já conheces é o que cria a maior distância entre o teu coração e as minhas mãos.
Continuaste a correr sem direcção, só pensavas em desaparecer o mais rápido possível e nunca olhar para trás. Nem te lembraste que talvez não fosse preciso correr e fugir, bastava transformar o medo em indiferença, a indiferença em tolerância e a tolerância em compaixão. Seguiste em frente, dobraste a curva com o desejo de não ter um desgosto devido ao que podia estar do outro lado. Ansiaste que quem te seguia te perdesse o rasto.
Do lado dessa esquina estava uma estrada que parecia não ter fim. Não sabias, mas a única saída que essa rua te proporcionava era a queda num precipício, mas o medo era demasiado para te permitir regressar. O cansaço nos teus olhos e o suor no teu rosto denunciavam a falta de forças que o teu corpo já sentia mas mesmo assim havia uma razão mais forte que tudo para te fazer andar. Agora andas, embora ainda tenhas vontade de correr, porque os teus membros já atingiram o limite.
Os cheiros e as cores dessa jornada eram agora mais nítidos e passavas por eles muito mais lentamente o que fazia com que realmente entendesses o seu significado, de que estavas distante de tudo. Paraste. Estavas ofegante e compreendeste finalmente, não eras tu que te tinhas estado a afastar de todo o mundo, era todo o mundo que tinha sido afastado por ti.
Continuaste a correr sem direcção, só pensavas em desaparecer o mais rápido possível e nunca olhar para trás. Nem te lembraste que talvez não fosse preciso correr e fugir, bastava transformar o medo em indiferença, a indiferença em tolerância e a tolerância em compaixão. Seguiste em frente, dobraste a curva com o desejo de não ter um desgosto devido ao que podia estar do outro lado. Ansiaste que quem te seguia te perdesse o rasto.
Do lado dessa esquina estava uma estrada que parecia não ter fim. Não sabias, mas a única saída que essa rua te proporcionava era a queda num precipício, mas o medo era demasiado para te permitir regressar. O cansaço nos teus olhos e o suor no teu rosto denunciavam a falta de forças que o teu corpo já sentia mas mesmo assim havia uma razão mais forte que tudo para te fazer andar. Agora andas, embora ainda tenhas vontade de correr, porque os teus membros já atingiram o limite.
Os cheiros e as cores dessa jornada eram agora mais nítidos e passavas por eles muito mais lentamente o que fazia com que realmente entendesses o seu significado, de que estavas distante de tudo. Paraste. Estavas ofegante e compreendeste finalmente, não eras tu que te tinhas estado a afastar de todo o mundo, era todo o mundo que tinha sido afastado por ti.
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