Lembro-me dos dias em que trazias um banco, e para ele subias a muito custo, para chegar às gavetas da secretária ou aos livros das estantes. Tinhas o dom de fazer rir simplesmente com as tuas asneiras tal como conseguias passar por baixo da mesa com uma agilidade de um felino jovem que brinca por entre o arvoredo.
Adoravas os baloiços e os escorregas que tantas nódoas negras te ofereceram. Nunca te cansavas de correr e saltar, gritar, rir, andar de bicicleta, bicicleta essa que te fez cair inúmeras vezes só por vingança de lhe teres retirado as rodinhas pequenas.
Mais tarde, quando já deixaste de correr para andar, apreciavas os prazeres da vida de uma maneira única. Sentias cada sorriso das pessoas que amavas como se fosse teu, e cada lágrima como se te saísse do olhar. Não vacilavas porque tinhas força para aguentar tudo o que se metia no teu caminho e para te levantares depois de uma derrota. Mesmo nos dias maus voltavas-te para mim e dizias que o sol voltaria amanhã para nos acordar e na altura não acreditava em ti, mas mais tarde acabava por concordar. Soubeste que se pode amar alguém mais que a própria vida e que o mundo lá fora está sempre pronto para agitar aquilo que estavas a construir.
Depois de teres finalmente construindo o teu império era hora de descansares. Foram as pantufas o calçado que mais utilizaste durante as noites frias de inverno em que te aquecias à lareira. Permitiste que te aparecessem rugas à flor da pele e cabelos, brancos, por entre os poucos negros que iam restando.
Agora vejo eu aquilo que passou na tua vida durante todos estes ano, tudo o que o vento te trouxe e logo te levou no momento seguinte, todos os sorrisos que me deste e o mundo que me oferecias quando estavas feliz. As rugas profundas marcam o teu rosto como a experiência marca a tua alma, a experiência de quem tem muito para ensinar.
Começaste a correr, passaste a andar, acabaste sentado no teu trono que tanto trabalho deu a construir e se for preciso fico parado ao teu lado para sempre só para te dizer que não estas só.
Adoravas os baloiços e os escorregas que tantas nódoas negras te ofereceram. Nunca te cansavas de correr e saltar, gritar, rir, andar de bicicleta, bicicleta essa que te fez cair inúmeras vezes só por vingança de lhe teres retirado as rodinhas pequenas.
Mais tarde, quando já deixaste de correr para andar, apreciavas os prazeres da vida de uma maneira única. Sentias cada sorriso das pessoas que amavas como se fosse teu, e cada lágrima como se te saísse do olhar. Não vacilavas porque tinhas força para aguentar tudo o que se metia no teu caminho e para te levantares depois de uma derrota. Mesmo nos dias maus voltavas-te para mim e dizias que o sol voltaria amanhã para nos acordar e na altura não acreditava em ti, mas mais tarde acabava por concordar. Soubeste que se pode amar alguém mais que a própria vida e que o mundo lá fora está sempre pronto para agitar aquilo que estavas a construir.
Depois de teres finalmente construindo o teu império era hora de descansares. Foram as pantufas o calçado que mais utilizaste durante as noites frias de inverno em que te aquecias à lareira. Permitiste que te aparecessem rugas à flor da pele e cabelos, brancos, por entre os poucos negros que iam restando.
Agora vejo eu aquilo que passou na tua vida durante todos estes ano, tudo o que o vento te trouxe e logo te levou no momento seguinte, todos os sorrisos que me deste e o mundo que me oferecias quando estavas feliz. As rugas profundas marcam o teu rosto como a experiência marca a tua alma, a experiência de quem tem muito para ensinar.
Começaste a correr, passaste a andar, acabaste sentado no teu trono que tanto trabalho deu a construir e se for preciso fico parado ao teu lado para sempre só para te dizer que não estas só.